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A vida em agonia é o que assistimos a todo instante dentro da categoria de taxista em Fortaleza, os indices de violência em nossa cidade mais as estatísticas que apontam o número de assaltos e latrocínios contra o trabalhador do volante, aquele que exerce uma função importantíssima no contexto da sociedade. É o taxista que se faz cartão de visita numa cidade em seu aeroporto, terminal rodoviário, ferroviário e portuário recepcionando e conduzindo em grande maioria aqueles que chegam a toda metrópole a trabalho ou como turista.
Além da concorrência desleal entre clandestinos que se infiltram no exercicio ilegal da profissão, passa o taxista a viver o constante drama do mêdo de não voltar pra casa para o seio de sua familia, pelo risco que corre o profissional principalmente o que labuta nas noites, para se ter ciência da gravidade da situação que predomina em Fortaleza, nós já choramos este ano a morte de oito companheiros vítimas de latrocínio em pleno exercicio da profissão somente neste ano de 2010 além de um outro companheiro que encontra-se desaparecido a exemplo do seu veículo que ninguém sabe o paradeiro trata-se do Taxista José Maria que sumiu a mais de um mês e nenhuma investigação norteia-nos a uma prespectiva de elucidação do caso " ZÉ MARIA" com a localização ao menos do veículo.
Última vítima fatal dessa violência desenfreada e sem combate, Juscelino da Silva nosso inesquecível "PARAZINHO" uma figura das mais carismáticas que esteve ao volante de um taxi em Fortaleza, especialmente prestando seus valiozissímos serviços a comunidade do Conjunto Ceará.
Parazinho chegou em Fortaleza vindo firmar residência no nosso Conjunto onde estudou no Colégio UV-8 e foi um dos fundadores do ponto CONJUNTAXÍ um serviço que atende a comunidade através do 3294-3607..e durante muitos anos mais de duas décadas onde fez milhares de amigos sendo sempre aquele taxista diferenciado e amigo de todos com seu jeitão pacifista.
Parazinho um garnde amigo estivemos lado a lado em muitas jornadas noturnas em época em que trabalhei como taxista para criar seis filhos, onde conhecí de perto sua solidariedade em um assalto onde fui levado por dois marginais para ser executado nas proximidade da BR 020 tive o livramento através da mão de Deus, levaram o taxi após uma sessão de terror e espancamentos covarde. Quem lá chegou em meu socorro? claro meu amigo irmão Parazinho, o mesmo aconteceu em uma tentativa de assalto numa madrugada no bairro Granja Portugal e mais uma vez ele esteve integralmente me auxiliando e era comum sua preocupação com cada companheiro que partia com passageiros do ponto CONJUNTAXI.
Parazinho partiu vitimado por latrocidas covardes que por imperar a impunidade em nossa terra ha a proliferação de criminosos que destroem os lares dos taxista quando assassinam o pai de família no caso do Pará ficou orfãos Taís a filha que devocionava um amor sem limite ao seu Pai querido e Rony o filho querido que ainda está sem entender bem o fato trágico que leva ao prando Lena a esposa que agora viúva sente a dor da separação com a ausência daquele que saia em busca do sustendo das nescessidades do seu lar e de sua família.Outra pessoa que teve seu coração traspassado por uma espada é Mazé a irmã amada de Parazinho.
Escreví uma crônica poética cujo o titulo é "O TAXISTA PACIFISTA" nela expresso o carinho, a amizade a este que agora passa a ser uma grande saudade e mais uma vítima da violência que aterroriza os profissionais do volante esta violência que conheço de perto por ter estado lá antes de chegar ao rádio para também desempenhar com muito amor esta profissão a qual sempre busquei alcançar até o dia que surgiu a oportunidade e eu a abracei sem nunca esquecer o que passa um taxista. Esteja em paz Velho amigo Parazinho
